domingo, 25 de novembro de 2012

Imã

Definição
O imã, também conhecido como magneto, é uma substância que possui a capacidade de atrair substâncias magnéticas (ferro ou outros metais).
Existem dois tipos de imãs:

Imãs Naturais – são aqueles que encontramos na natureza e são compostos por minério de ferro (óxido de ferro). Este tipo de ferro magnético é denominado magnetita.

Imãs Artificiais – são aqueles que adquirem propriedade magnética ao serem atritados com um imã natural. A capacidade magnética destes imãs podem superar a dos imãs naturais.
Os imãs possuem dois polos (norte e sul). O polo sul de um imã é atraído pelo polo norte do Planeta Terra e vice-versa.

Ímãs permanentes e temporais

De acordo com a constituição química do ímã artificial, ele pode manter a propriedade magnética por muito tempo, até por muitos anos, ou perdê-la logo depois que cesse a causa da imantação. No primeiro caso o ímã é chamado permanente; no segundo, ímã temporal, ou transitório. Os eletroímãs são sempre ímãs temporais. Os ímãs naturais são permanentes.

sábado, 24 de novembro de 2012

01.(Cesgranrio-RJ) Aproxima-se uma barra imantada de uma pequena bilha de aço, observa-se que a bilha:
a) é atraída pelo pólo norte e repelida pelo pólo sul
b) é atraída pelo pólo sul e repelida pelo pólo norte
c) é atraída por qualquer dos pólos
d) é repelida por qualquer dos pólos
e) é repelida pela parte mediana da barra

02.(PUC-RS) Três barra, PQ, RS e TU, são aparentemente idênticas. Verifica-se experimentalmente que P atrai S e repele T; Q repele U e atrai S. Então, é possível concluir que:
a) PQ e TU são ímãs
b) PQ e RS são imãs
c) RS e TU são imãs
d) as três são imãs
e) somente PQ é imã

03.(Eng. Santos-SP) O pólo sul de um imã natural:
a) atrai o pólo sul de outro ímã, desde que ele seja artificial
b) repele o pólo norte de um ímã também natural
c) atrai o pólo norte de todos os ímãs, sejam naturais ou artificiais
d) atrai o pólo sul de outro ímã, sejam naturais ou artificiais
e) não interage com um eletroímã em nenhuma hipótese

04.(UFSC) Uma bússola aponta aproximadamente para o Norte geográfico porque:
I) o Norte geográfico é aproximadamente o norte magnético
II) o Norte geográfico é aproximadamente o sul magnético
III) o Sul geográfico é aproximadamente o norte magnético
IV) o sul geográfico é aproximadamente o sul magnético Está(ão) correta(s):
a) II e III
b) I e IV
c) somente II
d) somente III
e) somente IV

05.(UFMA) Por mais que cortemos um ímã, nunca conseguiremos separar seus pólos. Qual o nome deste fenômeno?
a) Desintegrabilidade dos pólos
b) Separibilidade dos pólos
c) Inseparibilidade dos pólos
d) Magnetibilidade dos pólos

06.(UFES) Quando magnetizamos uma barra de ferro estamos:
a) retirando elétrons da barra
b) acrescentando elétrons à barra
c) retirando ímãs elementares da barra
d) acrescentando ímãs elementares da barra
e) orientando os ímãs elementares da barra

07.(UFPA) Para ser atraído por um ímã, um parafuso precisa ser:
a) mais pesado que o ímã
b) mais leve que o ímã
c) de latão e cobre
d) imantado pela aproximação do ímã
e) formando por uma liga de cobre e zinco

08.(ITA-SP) Um pedaço de ferro é posto nas proximidades de um ímã, conforme o esquema abaixo. Qual é a única afirmação correta relativa à situação em apreço? a) é o imã que atrai o ferro
b) é o ferro que atrai o ímã
c) a atração do ferro pelo ímã é mais intensa do que a atração do ímã pelo fero
d) a atração do ímã pelo ferro é mais intensa do que a atração do ferro pelo ímã
e) a atração do ferro pelo ímã é igual à atração do ímã pelo ferro

09.(Cesgranrio-RJ) a bússola representada na figura repousa sobre a sua mesa de trabalho. O retângulo tracejado representa a posição em que você vai colocar um ímã, com os pólos respectivos nas posições indicadas. Em presença do ímã, a agulha da bússola permanecerá como em:






10.(PUC-PR) Pendura-se um alfinete pela ponta em uma tesoura. Em seguida, pendura-se um outro alfinete em contato somente com o anterior. Pode-se dizer que: a) o segundo alfinete é atraído pela tesoura
b) só o primeiro alfinete foi induzido a funcionar como ímã
c) o segundo alfinete é suspenso devido ao seu pouco peso
d) os dois alfinetes funcionam como ímãs
e) nada dito acima explica o fato

11.(Cesgranrio-RJ) Quatro bússolas estão colocadas no tampo de uma mesa de madeira nas posições ilustradas na figura. Elas se orientam conforme é mostrado, sob a ação do forte campo magnético de uma barra imantada colocada em uma das cinco posições numeradas. O campo magnético terrestre é desprezível. A partir da orientação das bússolas, pode-se concluir, que o ímã está na posição:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

12.(PUC-SP) Quando uma barra de ferro é magnetizada, são:
a) acrescentados elétrons à barra
b) retirados elétrons da barra
c) acrescentados ímãs elementares à barra
d) retirados ímãs elementares da barra
e) ordenados os ímãs elementares da barra

13.(UFRS) Uma pequena bússola é colocada próxima de um ímã permanente.
Em quais posições assinaladas na figura a extremidade norte da agulha apontará para o alto da página?
a) somente em A ou D
b) somente em B ou C
c) somente em A, B ou D
d) somente em B, C ou D
e) em A, B, C ou D

14. (Mackenzie-SP) As linhas de indução de um campo magnético são:
a) o lugar geométrico dos pontos, onde a intensidade do campo magnético é constante
b) as trajetórias descritas por cargas elétricas num campo magnético
c) aquelas que em cada ponto tangenciam o vetor indução magnética, orientadas no seu sentido
d) aquelas que partem do pólo norte de um ímã e vão até o infinito
e) nenhuma das anteriores é correta



EXERCÍCIOS


01. c 02. a 03. c 04. a 05. c 06. e 07. d 08. e 09. b 11. e 12. d 13. a 14. c

Imãs Naturais e Atificiais


Imã
imã natural
Imã natural: capacidade de atrair o ferro e outros metais
Definição
O imã, também conhecido como magneto, é uma substância que possui a capacidade de atrair substâncias magnéticas (ferro ou outros metais).
Existem dois tipos de imãs:

Imãs Naturais – são aqueles que encontramos na natureza e são compostos por minério de ferro (óxido de ferro). Este tipo de ferro magnético é denominado magnetita.

Imãs Artificiais – são aqueles que adquirem propriedade magnética ao serem atritados com um imã natural. A capacidade magnética destes imãs podem superar a dos imãs naturais.
Os imãs possuem dois polos  (norte e sul). O polo sul de um imã aponta para o polo sul do Planeta Terra, enquanto o polo norte de um imã aponta para o polo norte do Planeta Terra.
Magnetismo

magnetismo
Imã: utilizado nos estudos de magnetismo

O magnetismo é um ramo da Física que estuda os fenômenos e propriedades relacionadas aos imãs. Estes, são elementos encontrados da natureza que possuem capacidades de atrair ou repelir alguns tipos de metais e também outros imãs.

O estudo do magnetismo é fundamental para o desenvolvimento da eletricidade e da engenharia. Os imãs são muito utilizados em equipamentos elétricos e eletrônicos. Quase todos os motores e geradores elétricos, por exemplo, possuem imã. Os conhecimentos de magnetismo são utilizados também para a fabricação de telefones, televisores, caixas de som, bússolas, etc.

Na Grécia Antiga já havia conhecimentos sobre o magnetismo. Tales de Mileto, por exemplo, chegou a retratar as propriedades de elementos com capacidades magnéticas.

Porém, somente em 1873 que o pesquisador Maxwell formulou leis capazes de descrever os fenômenos magnéticos. Foi este pesquisador que relacionou os efeitos do magnetismo com a eletricidade, dando origem aos estudos no campo de eletromagnetismo.

O que se entende por um ímã natural? e por um ímã artificial?

Um imã natural é um corpo que emite campo magnético e atrai metais naturalmente, e um imã artificial é um corpo (geralmente um metal ) que ao ser atravessado por uma corrente elétrica emite campo magnético e tem a propriedade de atrair metais.

Imãs
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O Imã é um objeto que provoca um campo elétrico à sua volta além de provocar também em torno de si e em seus lados.


O que é e do que é feito o imã?


Os imãs podem ser naturais ou artificiais, e permanentes ou temporais.

Um imã natural é um mineral com propriedades magnéticas, como a Magnetita, que é um óxido de Ferro (Fe3O4).

Um imã Neodímio Ferro Boro é um poderoso imã feito a partir de uma combinação de neodímio, ferro e boro — Nd2Fe14B. Esses imãs são muito poderosos em comparação a sua massa, mas também são mecanicamente frágeis e perdem seu magnetismo em temperaturas acima de 120°C.

Um imã artificial é um corpo de material ferromagnético que é submetido à um intenso campo magnético; por fricção com um ímã natural ou pela ação de correntes elétricas (eletromagnetismo) adquire propriedades magnéticas.

Um imã permanente é feito de aço imantado (ferro com alto teor de carbono), afim de manter permanentemente seu poder magnético. Também é utilizado Alnico ou Ferrite em alguns casos. No entanto, uma forte descarga elétrica, um impacto de grande magnitude, ou uma aplicação de uma elevada quantidade de calor podem causar perda de força magnética do imã. Em altas temperaturas, os imãs permanentes perdem seu magnetismo temporariamente, readiquirindo quando são resfriados.

Um imã temporal é temporariamente imantado por uma fonte de ondas eletromagnéticas. Quando a emissão dessas ondas cessa o imã temporal deixa de possuir seu campo magnético. Esses imãs são feitos com materias paramagnéticos (normalmente ferro com baixo teor de carbono) por isso quando o campo magnético é removido o movimento Browniano rompe o alinhamento magnético do imã temporal.

Um eletroimã é uma bobina (ou uma espira) por onde circula uma corrente elétrica, gerando um campo magnético. O eletroíma é uma espécie de imã temporal, pois seu campo magnético acaba quando é interompida a passagem da corrente elétrica pela bobina.



Por que o ímã atrai o Ferro?


Definição
O imã, também conhecido como magneto, é uma substância que possui a capacidade de atrair substâncias magnéticas. (ferro ou outros metais).
Existem dois tipos de imãs:
Imãs Naturais – são aqueles que encontramos na natureza e são compostos por minério de ferro (óxido de ferro). Este tipo de ferro magnético é denominado magnetita.

Imãs Artificiais – são aqueles que adquirem propriedade magnética ao serem atritados com um imã natural. A capacidade magnética destes imãs podem superar a dos imãs naturais.

Como Funciona:
Nos átomos, os elétrons e o núcleo encontram-se sempre em um movimento de rotação chamado spin. Se eles giram em sentidos diferentes, um movimento compensa o outro e não há magnetismo. É o que acontece na maioria dos materiais. Nos ímãs, porém, ambos giram na mesma direção e é isso que causa um campo magnético intenso. O ferro tem a mesma tendência de os átomos mais próximos uns dos outros girarem no mesmo sentido, criando também minúsculos campos magnéticos. Se ele estiver próximo de um ímã, os movimentos de rotação desses átomos passam a se direcionar no sentido do ímã (devido ao campo magnético deste) e, dessa forma, o ferro é atraído. O mais curioso é que, se o campo magnético do ímã for bastante intenso, a orientação dos átomos do ferro permanecerá ordenada mesmo depois que o ímã for retirado. Assim, o próprio ferro passa a ter um campo magnético capaz de atrair outros objetos ferrosos.

Normalmente, os campos magnéticos do ferro se ordenam em pequenas regiões, Quando próximos de um ímã, todos eles se direcionam no mesmo sentido


 Auto-falantes e telefones





Os imãs naturais são minérios com um campo magnético capaz de atrair os ferros e outros metais, mas também existem os imãs artificiais. Uma experiência simples revela o eletromagnetismo ao redor de um fio ligado a uma pilha comum: mesmo sem encostar na bússola, corrente elétrica no fio cria um campo magnético que faz os ponteiros se movimentarem.

Os auto-falantes, os microfones e os telefones têm dentro deles uma espira por onde passa uma corrente elétrica. Eles também têm um imã natural que pode repelir ou atrair o campo magnético que existe ao redor da espira. Veja o exemplo do alto-falante: primeiro, o fio ligado à pilha produz a corrente num sentido que faz a espira ser atraída pelo ímã. Depois, ao mudar o sentido da corrente elétrica, a espira dentro do alto-falante é repelida pelo ímã.

É a oscilação de movimento da espira para cima e para baixo que forma o som ouvido pelos fones e alto-falantes. O telefone tem o mesmo princípio: tem o auto-falante e o microfone. No microfone tem uma espira na qual falo e ela se movimenta. O imã está fixo, o movimento relativo entre espira e ímã cria corrente elétrica, que vai ser decodificada 

Magnetismo se define como a capacidade de atração em imãs, ou seja, a capacidade que um objeto possui de atrair outros objetos.

Os imãs naturais são compostos por pedaços de ferro magnético ou rochas magnéticas como a magnetita (óxido de ferro Fe3O4). Os imãs artificiais são produzidos por ligas metálicas, como por exemplo, níquel-cromo.

Magnetismo sob o ponto de vista químico

O fenômeno do magnetismo pode ser explicado através das forças dipolo. Por exemplo, os materiais possuem dois diferentes polos, quando entram em contato com outros materiais os polos iguais se repelem e os polos opostos se atraem. Este fenômeno recebe a denominação de “dipolo magnético” e pode ser considerado uma grandeza. A força do imã é determinada por essa grandeza. Os próprios átomos são considerados imãs, por exemplo, com polos norte e sul. As bússolas magnéticas trabalham com base no magnetismo, veja o processo de funcionamento:

- Um imã pequeno e leve se encontra no ponteiro das bússolas, este imã estabelece ao seu redor um campo magnético e está equilibrado sobre um ponto que funciona como pivô: sem atrito e de fácil movimento;

- quando o imã é situado em um campo de outro imã, esse tende a se alinhar ao campo de referência;

- a Terra possui um campo magnético que funciona como referencial para o funcionamento da bússola.

A bússola é um dispositivo extremamente simples, como a Terra é um imã e a bússola também, surge uma atração magnética. E não importa onde você esteja, ao segurar uma bússola ela vai apontar sempre para o Polo Norte, isto porque o campo magnético da Terra faz com que o ponteiro aponte nesta direção.


Ímãs de Alnico

Ímãs de Alnico
Alnico são ligas de Fe (Ferro) contendo Al (Alumínio), Ni Níquel e Co (Cobalto), além de outros elementos. O nome da liga é formado pela justaposição dos símbolos químicos dos elementos (Al, Ni e Co).
As ligas Alnico foram descobertas na década de 1920, e permitiram a produção industrial de ímãs artificiais com indução magnética muito superior à dos naturais. Um imã de Alnico é capaz de levantar mais de 1000 vezes seu próprio peso.

Uma das ligas mais conhecidas é o Alnico5, contendo aproximadamente 15%Ni, 25%Co, 9%Al, 3%Cu e 48%Fe. Já o Alnico12 tem 18%Ni, 35%Co, 6%Al, 8%Ti e 33%Fe.
São disponíveis em muitos formatos, normalmente fabricados por fundição, sofrendo um processo de retificação para atingir precisão das dimensões.
Os Ímãs de Alnico têm grande estabilidade térmica, ou seja, mantêm suas características em uma faixa de temperatura muito larga, de aproximadamente -250°C a 550°C. O material é ainda resistente à oxidação.
Suas principais aplicações são para indústria automobilística, motores elétricos e geradores de pequeno porte, válvulas, instrumentos de medidas como velocímetros, tacógrafos, medidores de energia elétrica e outros.

Ímãs de Ferrite
Os Ímãs de Ferrite são produzidos utilizando óxidos de ferro e carbonato de estrôncio Y-30 ou de bário Y-25.
0 material é moído em finos cristais e Prensado sob efeito de um campo magnético externo (cerca de 400k / m), quando anisotrópico o pó recebe orientação magnética.
Pode ser também com características de isotropia magnética, magnetizado em todos os sentidos.
0 processo de sinterização final acontece em 1300 ºC durante algumas horas e posteriormente são retificados até obter a medida especificada.
Hoje em dia é muito utilizado, graças ao baixo custo que oferece.
Resistente a elevadas temperaturas, aproximadamente 300 °C e corrosão.
Aplicações: Alto Falante, Motores de Baixo Custo, Motores Elétricos, Geradores, Bombas, Buchas Magnéticas, Sistemas de Exploração, Temporizadores, Sensores Automotivos, Brindes, Reatores, Medidores, Usinas e Indutores.
Nossa empresa possui escritório comercial na China e Korea, há 9 anos, nos assessorando nas negociações de preços, qualidade, logística internacional, acompanhamento direto no fabricante entre outros serviços que nos permite estar à frente de qualquer concorrente nacional.
Nossos produtos são aplicados na indústria eletrônica, indústria automobilística, petro - indústria química, ressonância magnética nuclear, dispositivo magnético, sistemas de suspensão, transmissão magnética, máquinas, equipamentos geradores, sistemas de áudio, sensores, aparelhos e contadores, mineração, brinquedos, mini-motor, instrumentos, Fechos para bolsas e pastas, laboratórios, gráficas.

Ímãs de Neodímio Ímã de Neodímio é um poderoso ímã feito a partir de uma combinação de neodímio, ferro e boro — Nd2Fe14B. Esses ímãs são muito poderosos em comparação a sua massa, mas também são mecanicamente frágeis e perdem seu magnetismo em temperaturas acima de 120°C. Devido ao seu custo mais baixo, eles têm substituído os ímãs de samário-cobalto na maioria das aplicações, que são ligeiramente mais fracos e significativamente mais resistentes a temperatura. Sua intensidade pode ser medida pelo seu produto energético máximo, em megagauss-oersteds (MGOe) (1 MGOe = 7,957 kJ/m3). Essa intensidade varia de 12 a 15, nos ímãs aglomerados de neodímio (bonded magnets) e de 24 a 54 nos ímãs sintetizados.
Para alcançar a mesma força do ímã de neodímio usando ímãs de cerâmica (Ferrite) é necessário um volume 18 vezes maior do material comparado ao de neodímio.
Ímãs de Neodímio podem facilmente sustentar milhares de vezes seu próprio peso.
Esses ímãs devem sempre ser manipulados cuidadosamente. Alguns ímãs que são ligeiramente maiores que uma moeda de 25 centavos são fortes o suficiente pra sustentar mais de 10 kg. Eles são perigosos, sendo capazes de "beliscar" a pele ou dedos quando atraídos por um objeto magnético. Por serem feitos de "pós" e folheações, os ímãs são muito frágeis e podem quebrar em temperaturas superiores a 150°C, ou se sujeitos a impactos com outro ímã. Quando eles quebram, pode ser de maneira tão rápida que pedaços podem voar e causar danos aos olhos. ímãs desse tipo devem ser mantidos longe de aplicações elétricas, cartões magnéticos e monitores, pois o dano nesses pode ser irreparável.







quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ímãs



Há muito tempo se observou que certos corpos tem a propriedade de atrair o ferro. Esses corpos foram chamados ímãs. Essa propriedade dos ímãs foi observada pela primeira vez com o tetróxido de triferro ( ), numa região da Ásia, chamada Magnésia. Por causa desse fato esse minério de ferro é chamado magnetita, e os ímãs também são chamados magnetos.

 

Ímãs naturais e artificiais



A magnetita é o ímã que se encontra na natureza: é o ímã natural. Mas, podemos fazer com que os corpos que normalmente não são ímãs se tornem ímãs. Os ímãs obtidos desse modo são chamados ímãs artificiais. Chamamos corpo neutro àquele que não tem propriedade magnética: corpo imantado àquele que se tornou ímã. Chamamos imantação ao processo pelo qual um corpo neutro se torna imantado. Teoricamente, qualquer corpo pode se tornar um ímã. Mas a maioria dos corpos oferece uma resistência muito grande à imantação. Os corpos que se imantam com grande facilidade são o ferro e certas ligas de ferro usadas na fabricação de ímãs permanentes. Uma dessa ligas é o ALNICO, composta de ferro, alumínio, níquel, cobre e cobalto.
Os principais processos de imantação são:
 
 

a. Por indução magnética

 
É o fenômeno pelo qual uma barra de ferro se imanta quando fica próxima de um ímã.
 

b. Por atrito

 
Quando uma barra de ferro neutra é atritada com um ímã, ela se imanta. É necessário que sejam atritados sempre no mesmo sentido, porque o atrito num sentido desfaz a ímantação obtida no outro.
 

c. Por corrente elétrica

 
Suponhamos que um condutor seja enrolado em uma barra de ferro e percorrido por uma corrente elétrica; a barra de ferro se torna um ímã. Como a imantação foi obtida por meio de uma corrente elétrica, esse ímã é chamado eletroímã. Os eletroímãs são bastante comodos por dois motivos: 1o) conseguimos obter eletroímãs muito mais possantes do que os ímãs naturais; 2o) podemos fazer um verdadeiro controle do eletroímã, controlando a corrente que passa por ele; assim, aumentando a intensidade da corrente, o eletroímã se torna mais possante; suprimindo-se a corrente, ele deixa de funcionar, etc..

Ímãs permanentes e temporais


De acordo com a constituição química do ímã artificial, ele pode manter a propriedade magnética por muito tempo, até por muitos anos, ou perdê-la logo depois que cesse a causa da imantação. No primeiro caso o ímã é chamado permanente; no segundo, ímã temporal, ou transitório. Os eletroímãs são sempre ímãs temporais. Os ímãs naturais são permanentes.

 

Regiões polares

 
Um ímã não apresenta propriedades magnéticas em toda a sua extensão, mas só em certas regiões, chamadas regiões polares. Quando o ímã tem forma de barra as regiões polares são as extremidades da barra. Entre as regiões polares há uma região que não possui propriedades magnéticas: é chamada região neutra.
Quando um ímã é suspenso pelo seu centro de gravidade, entra em oscilação e depois fica em equilíbrio numa posição tal que suas regiões polares ficam voltadas para os polos geográficos da Terra. Chamamos região polar norte do ímã àquela que é voltada para o polo norte geográfico, quando o ímã é suspenso pelo centro de gravidade; região polar sul àquela que é voltada para o polo sul geográfico, quando o ímã é suspenso pelo centro de gravidade.


 

 

Atração e repulsão

 
Consideremos dois ímãs suspensos pelos centros de gravidade. Aproximando as suas regiões polares de todas as maneiras possíveis, concluímos o seguinte princípio, demonstrado exclusivamente pela experiência: “duas regiões polares de mesmo nome se repelem, e de nomes contrários se atraem”
De acordo com o critério adotado para dar os nomes às regiões polares, concluímos que o polo norte geográfico da Terra é uma região polar sul magnética; e que o polo sul geográfico é uma região polar norte magnética.
Essa propriedade dos ímãs de se orientarem sempre para os polos terrestres é que permite que os ímãs sejam usados como bússolas. A lâmina magnética é um ímã artificial obtido com uma lâmina de aço de forma de losângulo A bússola já era conhecida pelos chineses, parece que pelo ano 120 D.C.. No século XI começou a ser usada em navegação. A bússola é uma lâmina magnética adaptada a uma “rosa dos ventos”.


Curiosidades

 

~Tipos de ímãs:


Com o desenvolvimento industrial, no século passado, tornou-se necessário obter ímãs mais potentes para diversos usos. O primeiro deles criado na década de 1930, recebeu o nome de alnico, que são as iniciais dos elementos acrescidos ao ferro: alumínio, níquel e cobalto. As principais características desse tipo de ímã  são sua funcionalidade a altas temperaturas ( de 500ºC a 550ºC) e a grande resistência a corrosão. Veja esse tipo de ímã abaixo:


 Nos anos de 1950, foi criado o ímã cerâmico (ferrite), que é resistente a corrosão, sais lubrificantes e gases. Sua temperatura de trabalho está em torno de 250ºC e é utilizado, por exemplo, em alto-falantes. Observe esse tipo de ímã:

Nos anos 1960, trabalhando com elementos das terras-raras criou-se o ímã samário-cobalto. Ele possui
excelentes propriedades magnéticas, é funcional a temperaturas de até 250ºC, mas é oneroso e frágil. É utilizado, por exemplo, em micro motores. Esse tipo de ímã está representado da foto abaixo:



Os ímas de neodímio-ferro-boro foram criados a partir da década de 1980, e são os mais modernos em uso, pois possuem as melhores qualidades magnéticas. Porém são suscetíveis à corrosão e sua temperatura funcional, é normalmente abaixo de 200ºC. São utilizados em alto-falantes, equipamentos elétricos e brindes. Veja abaixo esse tipo de ímã:

   

  ~A história da bússola 


Há mais de mil anos os chineses criaram um dispositivo que lhes permita orientação geográfica em suas viagens , tanto em terra quanto no mar. Esse dispositivo atualmente é denominado bússola magnética ou simplesmente bússola (os marinheiros chamam também de agulha). 
A bússola chinesa ( considerada "sagrada" ou "mágica") era composta de uma mesa quadrada e uma colher de magnetita, apoiada sobre um pino que apontava na direção sul, como o imperador, que, sentadono norte do palácio, olhava para o Sul ( na cultura chinesa , o norte tem um significado muito importante). Então, por meio da orientação da colher, conhecia-sed aproximadamentea direção norte-sul.




 O desvio que existe entre o norte magnético e o sul geográfico (ou entre o sul magnético e o norte geográfico) é denominado declinação magnética. Existem relatos a respeito do conhecimento desse desvio desde o século XV. O processo para determinar a declinação, naquela época, baseava-se na observação da estrela Polar no hemiférico norte ou da estrela do Pé do Cruzeiro no hemisférico sul, que deu origem à expressão "bornear" a bússola.

No século XVI, quando se descobriu que os metais nas proximidades da bússola poderiam interferir na orientação da agulha, começou-se a produzir-las envoltas  em caixas de madeira. 

hoje em dia, as bússolas continuam sendo largamente utilizadas em navios, aviões e por aventureiros para servir de orientação durante as viagens, complementando o GPS.


Magnetismo - O Campo magnético

O campo magnético


Chama-se campo magnético de uma massa magnética à região que envolve essa massa, e, dentro da qual ela consegue exercer ações magnéticas. Já vimos que não existe na natureza uma massa magnética isolada, porque um polo norte sempre aparece associado a um polo sul. Desse modo, o campo magnético do polo norte de um ímã está sempre influenciado pelo polo sul do mesmo ímã. Mas, para facilidade de estudo, consideraremos em primeiro lugar o campo magnético de um polo único. Para isso temos de considerar ímãs suficientemente alongados para que possamos desprezar a influência de um polo sobre o outro.

Propriedade fundamental do campo magnético

 
Seja o campo produzido pela massa magnética M. Suponhamos que num ponto A desse campo seja colocada a massa magnética puntiforme m, suficientemente pequena para não alterar o campo magnético de M (fig. 235). Em m atuará uma força , que pode ser de atração ou repulsão, de acordo com os sinais de M e m. Suponhamos que retiremos do ponto A a massa magnética m e coloquemos nesse mesmo ponto, sucessivamente, as massas magnéticas , todas elas satisfazendo as duas condições: puntiformes, e suficientemente pequenas para não alterarem o campo de M. Nessas massas atuarão, respectivamente, as forças . A propriedade fundamental do campo magnético é a seguinte: o quociente dessas forças pelas massas magnéticas correspondentes colocadas em A é uma grandeza vetorial constante em módulo, direção e sentido, para o mesmo ponto A
(constante)
 
Essa grandeza vetorial é chamada vetor campo magnético, ou simplesmente, o campo magnético no ponto A. Considerando só uma igualdade, temos:
ou
A equação do campo magnético é a que corresponde à equação do campo elétrico, e do campo gravitacional (veja o tópico "Propriedade Fundamental do Campo Elétrico" ).
Considerando os módulos de e m, temos:
Quando
, resulta
Significa que o módulo do campo magnético em um ponto é igual à intensidade da força que atua sobre a unidade de massa magnética colocada nesse ponto.
A equação mostra que a força que atua na massa magnética m colocada em um campo magnético depende de dois fatores:
1o) da própria massa m;
2o) do fator vetorial , que não depende de m, mas sim do ponto em que ela é colocada.

Recorde o tópico "Propriedade Fundamental do Campo Elétrico" .

Características do vetor campo H

Η


Características do vetor campo H

1. Significado físico

 
é o quociente de uma força por uma massa magnética.
 

2. Módulo

 
No cálculo do módulo suporemos que a massa magnética M que produz o campo seja puntiforme. Repetindo o raciocínio desenvolvido no tópico "Características do Vetor Campo" para o caso do campo elétrico podemos provar que, sendo d a distância da massa magnética M ao ponto A, o módulo do campo magnético em A é
onde é a permeabilidade magnética do meio em que se produz o campo.
 

3. Direção

 
O campo magnético é também um campo newtoniano. O vetor tem a direçao da reta MA.
 

4. Sentido

 
Analogamente ao caso de campo elétrico, podemos provar que: quando M é positiva, isto é, é massa magnética de um polo norte, o sentido de é o sentido MA; quando M é negativa, isto é, é massa magnética de um polo sul, o sentido de é o sentido AM

Observações

 
Pelas características de vemos que essa grandeza vetorial depende exclusivamente da massa magnética M, da permeabilidade e da distância d. E não depende da massa magnética m, que tínhamos suposto colocada em A para definirmos . Esse fato já está contido na definição de , porque quando dizemos que o quociente é constante, queremos dizer que ele não depende de nem de m.

Unidades de intensidade de campo



a. Sistema CGSES


É obtida da equação considerando-se e .
Resulta:
Um oersted é a intensidade do campo magnético em um ponto tal que, a massa magnética de uma , colocada nesse ponto fica sujeita à força de um dine.

b. Sistema MKS


Considerando:

resulta:
Recordemos que a unidade de massa magnética do sistema MKS também pode ser expressa por . Como consequência, a unidade de intensidade de campo também pode ser expressa assim:
Um é a intensidade do campo magnético num ponto tal que a massa magnética puntiforme de um weber colocada nesse ponto fica sujeita à força de um newton.

Campo de mais que uma massa magnética pontual



Quando o campo magnético é produzido por mais que uma massa magnética puntiforme, calculamos o vetor campo produzido por cada massa magnética e depois efetuamos a soma vetorial de todos esses campos. Considerando o campo de duas massas magnéticas e , em um ponto A teremos: o campo , devido a , valendo:
O campo , devido a , valendo:
O campo resultante será tal que:
 
 
É este o caso de um ímã não muito comprido, tal que não podemos desprezar a influência de nenhum dos polos. Em um ponto A o polo norte produz um campo . No mesmo ponto o polo sul produz um campo . Então, o campo resultante é a soma vetorial de com :

Linha de força

 
Chama-se linha de força de um campo magnético a uma linha que em cada ponto é tangente ao campo desse ponto (fig. 239).
Vemos que essa definição é idêntica à definição de linha de força do campo eletrostático. As características das linhas de força do campo magnético são as mesmas das linhas de força do campo elestrostático, a saber (veja o tópico "Linha de Força" ):


1a) Duas linhas de força de um campo magnético nunca se cruzam.
2a) As linhas de força do campo magnético produzido por uma única massa magnética seriam retilíneas. E as do campo produzido por mais que uma massa magnética são curvas. Como na natureza não existe uma massa magnética isolada, mas elas existem aos pares, formando os ímãs, concluímos que as linhas de força dos campos magnéticos dos ímãs são curvas. A figura 239 mostra a forma das linhas de força do campo de ímã em forma de barra.
3a) Convencionamos que o sentido da linha de força seja o sentido de deslocamento de uma massa magnética puntiforme norte colocada sobre a linha. Com essa convenção concluímos que as linhas de força “saem” do polo norte e “entram” no polo sul.

a. Tubo de força

 
Chama-se tubo de força ao conjunto das linhas de força que passam pelos pontos de uma linha fechada não plana considerada no campo. É conceito análogo ao do campo eletrostático (veja o tópico "Tubo de Força" ).
 

b. Campo magnético uniforme

 
É aquele em que o campo tem mesmo módulo, mesma direção e mesmo sentido em todos os pontos.
As linhas de força desse campo são retas e paralelas (compare com o tópico "Campo Elétrico Uniforme"). Na prática se obtém um campo magnético uniforme com um ímã que tenha os polos planos e paralelos. O leitor deve estar lembrado de que, para se produzir um campo elétrico uniforme se usam dois planos uniformemente eletrizados, paralelos e próximos, um com carga , outro com : veja :

Espectros magnéticos

 
Podemos conhecer praticamente o aspecto das linhas de força do campo magnético de um ímã. Basta colocar sobre o ímã uma folha de cartão; depois espalhar sobre o cartão um pouco de limalha de ferro. Os pequenos pedacinhos de ferro se imantam: cada um deles se torna um ímã. O polo norte de cada um desses pequenos ímãs é atraído pelo polo sul do vizinho, de maneira que se formam verdadeiras cadeias de ímãs. Essas cadeias se dispõem sobre o cartão exatamente ao longo das linhas de força. Chama-se espectro magnético à figura obtida com a limalha de ferro assim disposta ao longo das linhas de força. A primeira figura mostra o espectro magnético de um ímã em forma de barra; a segunda figura 242 é a fotografia do espectro de um ímã em forma de ferradura.

Ímã colocado em um campo magnético uniforme

 
Suponhamos um ímã NS colocado em um campo magnético uniforme . A massa magnética norte do ímã fica sujeita a uma força de mesma direção e sentido que o campo . A massa magnética sul fica sujeita a uma força , de mesma direção que o campo, mas, sentido oposto. Essa força é dada por:
E, em módulo: .
A força que atua na massa magnética sul tem igual módulo (por isso a representamos por ). As forças e tendo igual módulo, mesma direção e sentido opostos, formam um binário. Esse binário tende a fazer o ímã entrar em rotação no sentido indicado na figura acima.
Sabemos, da Mecânica, que o momento de um binário é igual ao produto do módulo de uma das forças pela distância entre as forças.
Representando por C a esse momento, temos:
Sendo o comprimento do ímã e o ângulo que o eixo do ímã faz com a direção do campo, temos:
Fica:
Mas, módulo do momento magnético do ímã. Resulta:
Esse conjugado imprime ao ímã um movimento de rotação, até que o ímã tome uma posição na qual o ângulo se anula. Nessa posição, , e o conjugado se anula (fig. 244). Mas, o ímã não pára bruscamente, por causa da inércia; atingindo a posição indicada na figura 244 ele continua o seu movimento, passando além da posição de equilíbrio. Mas, quando passa dessa posição, o conjugado atua em sentido oposto e faz o ímã voltar (fig. 245). Isso acontece diversas vezes, isto é, o ímã entra em oscilação, e depois pára com o seu eixo na direção do campo. É isso o que acontece com a bússola; ela oscila várias vezes e depois pára com o eixo na direção do campo magnético terrestre, pois este, em pequena extensão, pode ser considerado uniforme.

Suponhamos um pólo plano com densidade magnética e um ponto A infinitamente próximo desse polo. O cálculo do campo magnético nesse ponto A é idêntico ao cálculo do campo elétrico num ponto próximo de um plano uniformemente eletrizado (veja o tópico "Campo Elétrico em um Ponto Próximo de um Plano" ). Chegamos à seguinte conclusão:


1. Módulo do campo

 
Vale:
 

2. Direção

 
Perpendicular ao polo.
 

3. Sentido

 
Do polo para o ponto A se for polo norte; do ponto A para o polo, se for polo sul:
É muito importante para nós o caso em que um polo plano norte é situado infinitamente próximo e paralelo a um polo plano sul, e com suas densidades magnéticas de mesmo valor absoluto: no polo sul (fig. 247). Considerando-se um ponto A entre os dois planos, se existisse só o polo norte ele produziria em A um campo magnético de módulo
,
perpendicular aos polos e dirigido do polo norte para o polo sul. Se existisse só o polo sul, ele produziria em A um campo magnético de valor absoluto igual a esse , também perpendicular aos polos e dirigido do polo norte para o polo sul. Então os dois polos produzem em A campos iguais. O campo resultante em A será o dobro de , isto é, será perpendicular aos polos, será dirigido do polo norte para o polo sul, e terá por módulo:
       
                                                                            ou


 
 
É importante notar que nas fórmulas e , é a permeabilidade magnética do meio em que se produz o campo magnético.
Já provamos, no tópico "Relação entre |I| e || em um imã de forma de prisma reto" , que o valor absoluto da densidade magnética dos polos do ímã é igual ao módulo de intensidade de imantação. Então, sendo a intensidade de imantação do ímã que produz o campo no ponto A, as fórmulas e podem ser escritas, respectivamente:
e
 

Indução magnética ou densidade de fluxo magnético


Além do vetor campo magnético , existe no campo magnético uma outra grandeza vetorial, que desempenha papel importantíssimo em muitos fenômenos eletromagnéticos. É chamada indução magnética, ou densidade de fluxo magnético e representada por .
 

Definição

 
Chama-se indução magnética em um ponto ao produto da permeabilidade magnética do meio pelo campo magnético nesse ponto. Isto é,
 

Características de B

 
A direção e o sentido da indução são a própria direção e sentido do campo magnético . O módulo é igual ao produto de pelo módulo de , isto é,
Admitindo-se que o campo seja produzido por uma massa magnética puntiforme, o módulo de é:
Logo
ou
Concluímos que, quando o campo magnético É PRODUZIDO POR UM ÍMÃ, a indução num ponto depende exclusivamente da massa magnética que produz o campo e da distância do ponto à massa magnética, MAS NÃO DEPENDE DO MEIO.
Unidades de indução magnética
 

a. Sistema CGSES

 
A unidade de é obtida considerando-se:
(portanto, vácuo)
Resulta:
Um gauss é a indução magnética num ponto de um campo magnético no vácuo no qual a intensidade do campo é um oersted.
 

Observações

 
1a) Pelo fato de ser é que a unidade de permeabilidade magnética do CGSEM também é chamada gauss/oersted, conforme vimos no tópico "Sistema de Unidades de Magnetismo e Eletromagnetismo" .
2a) É fácil provar que a indução magnética, , é grandeza física da mesma espécie que a intensidade de imantação, , temos:

ou,
ou
Indução e imantação representam ambas o quociente de uma massa magnética por uma área (ou quadrado de um comprimento, que é o mesmo). Esse é o motivo pelo qual essas duas grandezas são avaliadas nas mesmas unidades. No no tópico "Densidade Magnética" provamos que densidade magnética é grandeza da mesma espécie que a imantação, e que por isso também tem a mesma unidade que esta. Na verdade, o nome gauss originalmente foi dado à unidade de , e depois passou a ser usado nas outras.
 

b. Sistema MKS

 
A unidade de é deduzida considerando-se:
Resulta:
A unidade de no sistema MKS é chamada , é a indução magnética num ponto de um campo magnético em que a intensidade do campo é um praoersted, num meio em que a permeabilidade magnética é .
Podemos concluir que o produto de por um praoersted dá , do seguinte modo: já vimos, que .
Então:
Considerando a fórmula de Coulomb,
e escrevendo as unidades das grandezas, temos:
de onde tiramos que:
Então:

Linhas de indução


Chama-se linha de indução a uma linha que em todos os pontos é tangente ao vetor indução
Sendo o vetor de mesma direção que o vetor , a linha de indução em cada ponto é também tangente ao vetor . Concluímos, então, que a linha da indução coincide com a linha de força. Mas, usamos a expressão linha de força quando nos referimos ao campo magnético ; e a expressão linha de indução, quando nos referimos à induçao magnética .
As linhas de indução têm então as mesmas características que as linhas de força. Assim, em um campo magnético uniforme as linhas de indução são retas e paralelas.

Fluxo magnético num campo uniforme


Suponhamos uma superfície plana de área S colocada em um campo magnético uniforme de indução magnética . Seja n a normal à superfície e o ângulo que a normal à superfície faz com a direção do campo, que é a direção de (fig. 249).
 

Definção

 
Chama-se fluxo magnético que atravessa uma superfície plana, colocada em um campo magnético uniforme, ao produto do módulo de indução magnética, pela área da superfície, pelo coseno do ângulo que a normal à superfície faz com a direção do campo. Representa-se o fluxo pela letra . Então, por definição,
Vemos então que fluxo magnético é o fluxo da indução magnética .
 

Variação do fluxo

 
O fluxo magnético pode variar por uma variação da área da superfície, ou por uma variação da indução, ou por uma variação da posição da superfície no campo. Dos três processos, o mais comodo é o terceiro. Para isso fazemos a superfície girar em torno de um eixo perpendicular ao campo.
Essa variação do fluxo em função do ângulo é idêntica à variação do fluxo elétrico em função do ângulo , que foi estudada no tópico "Fluxo Elétrico num Campo Uniforme". Devido à importância do assunto, sugerimos ao leitor que reproduza a variação do fluxo em função de , mas, agora para o fluxo de . O gráfico da variação é o a seguir :
Queremos salientar aqui que, na prática, o conhecimento da variação do fluxo magnético é muito mais importante do que o conhecimento da variação do fluxo elétrico. Porque a variação do fluxo magnético é responsável pelo importantíssimo fenômeno chamado indução eletromagnética, que será estudado no Capítulo 16.

Unidades de fluxo magnético - 1. Sistema CGSEM

 
Esta unidade é obtida a partir da equação de definição considerando-se:
, ou seja , o que significa superfície perpendicular ao campo.
Resulta:
Chama-se maxwell ao fluxo magnético que atravessa uma superfície plana de um colocada perpendicularmente a um campo magnético uniforme de indução magnética um gauss.
 

Unidades de fluxo magnético - 2. Sistema MKS

 
A unidade de fluxo é obtida considerando-se:
Resulta:
Um weber é o fluxo magnético que atravessa uma superfície plana de área de um metro quadrado, colocada perpendicularmente a um campo magnético uniforme de indução magnética de um weber por metro quadrado
NOTA: O termo weber originalmente foi empregado para designar a unidade de fluxo magnético. Pelo fato de ser
é que a unidade é chamada .
No tópico "Sistema de Unidades de Magnetismo e Eletromagnetismo" vimos que a unidade de massa magnética também é chamada weber. Faz-se isso porque massa magnética e fluxo magnético são grandezas físicas da mesma espécie. Deixamos ao leitor, como exercício, demonstrar isso.

O fenômeno de indução magnética


No tópico "Imãs Naturais e Artificiais" , vimos que a indução magnética é o fenômeno pelo qual um corpo se imanta quando é colocado perto de um ímã já existente. O corpo que já estava imantado é chamado indutor. O corpo que se imanta por indução é chamado induzido. Chama-se material magnético àquele que é capaz de se imantar.
Suponhamos que um indutor produza um campo magnético . Colocando nesse campo uma barra de um material magnético, essa barra se imantará: aparecerão nela os polos e .
De acordo com o material magnético de que é feito o induzido, podem acontecer dois casos quanto à posição dos polos induzidos e .
1º Caso
 
Suponhamos que seja colocada no campo indutor uma barra de ferro ou de alumínio ou chumbo, por exemplo. Nessas substâncias, o polo sul induzido aparece do lado do polo norte indutor, e o polo norte induzido aparece do lado do polo sul indutor, como indica:




Sabemos que a intensidade de imantação de um ímã tem sempre o sentido do polo sul para o polo norte (veja o tópico "Imantação ou Intensidade de Imantação ou Intensidade de Magnetização"); a intensidade de imantação do induzido tem o sentido . Então neste primeiro caso, a intensidade de imantação do induzido tem o mesmo sentido que o campo indutor .
2º Caso
 
Imaginemos colocada no campo indutor uma barra de cobre, bismuto, ou grafite, por exemplo. Nessas substâncias, o polo sul induzido aparece do lado do polo sul indutor, e o polo norte induzido aparece do lado do polo norte indutor como indica a figura 252. Neste caso, a intensidade de imantação do induzido tem sentido oposto ao do campo indutor.

Estas relações, entre os sentidos de e o de indutor, são muito importantes.

Sucetibilidade magnética


Suponhamos que o campo indutor, imaginado no parágrafo anterior, em vez de se produzir num meio qualquer, se produza no vácuo. Representemos por o campo no vácuo. Nesse caso, ao quociente da intensidade de imantação do induzido pelo campo indutor chamamos susceptibilidade magnética do induzido.
Chama-se susceptibilidade magnética de uma substância ao quociente da intensidade de imantação adquirida por indução por essa substância, pelo campo magnético indutor, quando esse campo é produzido no vácuo. Representa-se pela letra grega (chi). Então:
Podemos escrever que
Vemos que quando é positivo, e têm o mesmo sentido; então a substância sofrerá indução do 1o caso.
Quando é negativo, e têm sentidos opostos; então a substância sofrerá indução do 2o caso (fig. 252).


Unidades de suscetibilidade magnética

 
A susceptibilidade magnética é igual ao quociente de uma indução magnética por um campo magnético:
A permeabilidade magnética é igual ao quociente de uma indução magnética por um campo magnético:
Já provamos que e B são grandezas físicas da mesma espécie (tópico "Indução Magnética ou Densidade de Fluxo Magnético"). Então e também são grandezas físicas da mesma espécie; e por isso têm as mesmas unidades, isto é:
sistema CGSEM:
sistema MKS:

Classificação das substâncias magnéticas


As substâncias magnéticas dividem-se em três grupos.
 

1ª - Substâncias paramagnéticas

 
Por definição, são aquelas que têm susceptibilidade magnética positiva e constante.
Sendo concluímos que:
a) positiva significa que tem o mesmo sentido que , isto é, uma substância paramagnética sofre indução do 1o caso.
b) sendo constante, concluímos que é diretamente proporcional a ; quanto mais forte for o campo indutor, maior será a imantaçao .
Exemplos importantes de substâncias diamagnéticas são: alumen ferroso-amoniacal, alumínio, chumbo, cloreto cúprico, cloreto férrico, oxigênio, etc..
 

2ª - Substâncias diamagnéticas

 
Por definição, são aquelas que têm susceptibilidade magnética negativa e constante.
Sendo concluímos que :
a) negativa significa que tem sentido oposto ao de , isto é, uma substância diamagnética sofre indução, do 2o caso.
b) sendo constante, concluímos que é diretamente proporcional a ; quanto mais forte for o campo indutor, maior será a imantação .
Exemplos importantes de substâncias diamagnéticas são: a grafite, o bismuto, o cobre, prata, zinco, mercúrio, nitrogênio, etc..
 

3ª - Substâncias ferromagnéticas

 
Por definição, são aquelas que têm susceptibilidade positiva, mas não constante: a sua susceptibilidade é função do campo indutor .
Sendo positivo, concluimos que tem o mesmo sentido que , isto é, uma substância ferromagnética também sofre indução do 1o caso (fig. 251). Mas, sendo variável, a imantação não é mais proporcional a . Obtemos experimentalmente os valores de do induzido em função do campo indutor , e depois levamos os resultados a um gráfico. Esse gráfico é chamado curva de imantação. Está esquematizado na figura 253. Essa curva mostra que, partindo de um campo magnético indutor nulo e aumentando esse campo, a imantação também vai aumentando. Mas, no começo, uma variação do campo produz certa variação da imantação; quando o campo já possui um valor grande, a mesma variação do campo produz na imantação uma variação menor.


Outro fato importante que essa curva nos mostra é que existe um valor do campo para o qual a imantação atinge um valor máximo. Daí por diante, continuando a aumentar o campo, a i mantação não varia mais. Dizemos que a substância atingiu a saturação. O valor máximo da imantação é chamado imantação de saturação. O valor do campo correspondente é chamado campo de saturação. O ponto A correspondente do gráfico é chamado ponto de saturação.
Substâncias ferromagnéticas são o ferro e muitas ligas de ferro.
 

Indução magnética em um ponto infinitamente próximo de um pólo plano


No tópico "Campo Magnético em um ponto Infinitamente Próximo de um Polo Plano" vimos que o campo magnético em um ponto infinitamente próximo de um polo plano é dado pela fórmula:
em que é a permeabilidade do meio em que se produz o campo e é a intensidade de imantação do ímã que produz o campo.
De acordo com a definição de indução magnética, nesse ponto ela valerá:
,
ou
ou
Note-se que essa indução magnética depende exclusivamente da intensidade de imantação do ímã que produz o campo, e não depende do meio.
A direção e o sentido de sempre concordam com a direção e o sentido de


Vimos também que, quando existe um polo norte plano paralelo a um polo sul plano, infinitamente próximos e com densidades magnéticas de mesmo valor absoluto (fig. 255), o campo magnético em um ponto situado entre eles é dado pela fórmula:
 


Então a indução nesse ponto será:
ou
ou

Indução magnética no interior de um imã


Imaginemos um campo magnético produzido no vácuo. Para maior facilidade, suponhamos que esse campo seja uniforme. Representemos por a permeabilidade magnética do vácuo e por a indução num ponto qualquer desse campo. Temos então, para qualquer ponto desse campo, a relação: .
Suponhamos agora que nesse campo seja colocada uma barra de uma substância magnética, por exemplo, de ferro. Essa barra se tornará um ímã SN (fig. 256). Calculemos a indução magnética em um ponto qualquer A desse ímã. Para isso calculemos a indução magnética produzida em A devida à magnetização da barra, e somemos com a indução que já existia antes de a barra ser colocada no campo.

Na indução magnética produzida em A devida à magnetização da própria barra só influem as partes da barra infinitamente próximas do ponto A. Imaginemos então traçada no interior do ímã uma cavidade retangular de lados infinitamente próximos, perpendicular ao campo e contendo o ponto A no seu interior (fig. 256).
Sabemos que, quando cortamos o ímã, os seus polos não ficam isolados, mas nos lugares de corte aparecem novos polos de densidades magnéticas iguais às dos polos primitivos. Assim, na cavidade retangular aparecerão polos e de densidades magnéticas e respectivamente.
O ponto A estará então entre dois polos planos, paralelos, infinitamente próximos e de densidades magnéticas e . Já vimos que nessas condições esses polos produzem em A uma indução magnética igual a , de acordo com a fórmula (153).
Então a indução no ponto será a soma de com , isto é, será:
ou
Sendo a susceptibilidade da barra imantada, sabemos que . Substituindo na fórmula anterior, ela fica:
ou
As expressões e dão, portanto, a indução magnética no interior de um ímã em função da susceptibilidade magnética do ímã, da permeabilidade magnética do vácuo e do campo indutor suposto no vácuo.
Suponhamos que uma barra de permeabilidade magnética seja colocada num campo magnético de intensidade , produzido no vácuo. Essa barra adquirirá uma indução magnética B, que está ligada a pela relação:
Comparando com a fórmula temos :
Concluímos que a permeabilidade magnética de uma substância é igual à soma da permeabilidade magnética do vácuo com vezes a susceptibilidade magnética da substância.

Histerese


A curva de em função de para uma substância ferromagnética, mostrada na figura 253, e no tópico "Classificação da Substâncias Magnéticas", é obtida desde que a substância esteja inicialmente desimantada e a intensidade do campo seja aumentada gradualmente a partir de zero. Suponhamos que, partindo de zero, vamos aumentando a intensidade do campo até o valor de saturação, . Obtemos a curva OP (fig. 257). Enquanto estamos aumentando o campo, a um valor H do campo corresponde o valor I da imantação. Se, a partir do valor de saturação , vamos diminuindo o campo até que ele se anule, a curva de volta não é PO mas, é . De maneira que, para o mesmo valor H do campo a imantação tem o valor maior do que I. Quando o campo se anula, a imantação se mantém com um valor .
Portanto, para um mesmo valor do campo, a imantação tem valor maior quando o campo decresce do que quando o campo cresce. Esse fenômeno é chamado histerese. (Histerese significa “atraso”).
Querendo desimantar a substância, isto é, anular a imantação , precisamos aplicar um campo magnético em sentido oposto. Quando o campo atingir certo valor a imantação se anula. Aumentando esse campo em sentido oposto, a imantação cresce outra vez a partir de zero, mas em sentido oposto até atingir novamente a saturação, (parte negativa do gráfico, até o ponto M). Diminuindo outra vez o campo, a imantação vai diminuindo; quando o campo se anula, a imantação mantém um valor .
Aumentando outra vez o campo no sentido primitivo, quando ele atinge o valor a imantação se anula.
O conjunto de todos os valores de H e I necessários para formar a curva fechada é chamado ciclo de histerese. O valor da imantação é chamado RETENTIVIDADE, ou REMANÊNCIA, ou IMANTAÇÃO REMANENTE, ou IMANTAÇÃO REMANESCENTE. O valor do campo é chamado COERCIVIDADE, ou CAMPO COERCITIVO, ou FORÇA COERCITIVA. (Apesar de não ser uma força).

Curva - B-H

Β
Em vez de representarmos graficamente a intensidade de imantação do ímã em função do campo indutor podemos representar a indução magnética no ímã em função do campo indutor . Essa curva que dá em função do é chamada curva B-H, ou curva de imantação.
A curva B-H tem o mesmo aspecto da curva que dá em função de . Ela também descreve o ciclo de histerese. Isso era de se esperar, pois vimos que:
Cada ponto da curva corresponde à soma de um termo igual à com um termo igual a , como está indicado na figura 258. Quando o ímã atinge a saturação, I fica constante por mais que aumentemos ; então também fica constante. Mas, a curva B-H não fica paralela ao eixo do , por causa do termo . À medida que aumentamos , o termo aumenta. Então, na região de saturação, a curva B-H se torna uma reta, mas não paralela ao eixo do .

Ponto curie ou temperatura curie


As propriedades magnéticas das substâncias ferromagnéticas variam muito com a temperatura. Aumentando a temperatura, as propriedades magnéticas diminuem. Para cada substância ferromagnética existe uma temperatura na qual ela se desimanta por completo. Essa temperatura é chamada PONTO CURIE. Exemplos de alguns pontos Curie:
para o ferro 770oC
para o níquel 354oC
para a magnética 580oC
para o cobalto 1130oC

Magnetismo terrestre


Chama-se campo magnético terrestre a esse campo magnético que existe ao redor da Terra. A existência desse campo se manifesta pela orientação da agulha magnética. O campo magnético terrestre pode ser considerado uniforme em uma extensão bastante grande como, por exemplo, na região ocupada por uma cidade.

1. Definições


Suponhamos que num certo lugar A (por exemplo, São Paulo, ou Rio de Janeiro) uma agulha magnética seja suspensa pelo centro de gravidade, de maneira que ela possa girar livremente. A agulha se orienta de maneira que seu eixo fique na linha de força do campo magnético. Essa linha de força em cada lugar é muito próxima da linha norte-sul geográfica (meridiano geográfico), mas não coincide com ela, conforme veremos.

Chama-se plano meridiano magnético do lugar A ao plano vertical que passa pelo eixo da agulha.

Chama-se meridiano magnético do lugar à interseção do plano meridiano magnético com o globo terrestre.
Chama-se declinação magnética do lugar ao ângulo d formado pelo meridiano magnético com o meridiano geográfico (fig. 259). A declinação é chamada oriental quando o polo norte da agulha se acha no oriente do meridiano geográfico; é o caso da figura 259. É ocidental no caso contrário.,
 
Chama-se inclinação magnética do lugar ao ângulo i que a agulha faz com o plano horizontal (fig. 260). A inclinação é considerada positiva quando o polo norte da agulha está abaixo do plano horizontal; é o caso da figura 260. É negativa no caso contrário.
 
 

2. Componentes horizontal e vertical


Costuma-se decompor o campo magnético terrestre em duas componentes: uma, horizontal , e outra vertical (fig. 261).
Vê-se claramente que:
em que é a inclinação magnética do lugar.
 
 
 

 
 

3. Mapas magnéticos


Em todos os países se fazem medidas do campo magnético H, da declinação d e da inclinação i praticamente em todo o território. Os valores encontrados são assinalados em mapas. Depois se traça uma linha pelos lugares onde a declinação tem o mesmo valor; outra pelos lugares em que a inclinação tem o mesmo valor, etc.. Chamam-se linhas isógonas, àquelas que unem pontos nos quais a declinação tem o mesmo valor. Chamam-se linhas isóclinas àquelas que unem pontos nos quais a inclinação tem o mesmo valor. Chamam-se linhas isodinâmicas àquelas que unem pontos em que a componente horizontal do campo tem o mesmo valor.

4. Variação do campo magnético terrestre


A declinação, a inclinação e o campo variam de um lugar para outro, e também variam num mesmo lugar. Em um mesmo lugar se observam variações diurnas do campo, que assinalam pequenas oscilações. E variações mais profundas, que alteram por completo os valores de H, d e i, observadas ao cabo de muitos anos; estas se chamam variações seculares.
Às vezes há variações muito bruscas e muito intensas observadas no campo magnético, e que são percebidas não em um único lugar, mas em todos os observatórios magnéticos da Terra. Essas variações bruscas são chamadas tempestades magnéticas. O seu aparecimento coincide com as auroras polares. Tem-se quase como certo que o aparecimento brusco de uma mancha solar acarreta uma tempestade magnética.
Resumo das unidades estudadas nesse capítulo

Grandeza
Símbolo
Unidade CGSEM
Unidade MKS
Intensidade de campo magnético
oersted
praoersted, ou
Indução magnética
Gauss
Fluxo magnético
Maxwell
Weber
Susceptibilidade magnética
Nota: É útil relembrar que:
e têm as mesmas unidades;
, e têm as mesmas unidades;
e m têm as mesmas unidades .

 

Massa Magnética



Assim como em Eletrostática introduzimos o conceito de carga elétrica para podermos medir a força entre corpos eletrizados, em magnetismo introduzimos o conceito de massa magnética para que possamos medir a força entre corpos imantados. E, analogamente ao que acontece com carga elétrica, não temos elementos para dar uma definição de massa magnética. Consideramo-la um conceito primitivo e fixamos uma convenção que nos permite dizer quando duas massas magnéticas são iguais, ou uma é múltipla da outra. Do mesmo modo que no caso da carga elétrica, para fixarmos o critério de igualdade e multiplicidade de duas massas magnéticas precisamos considerar massas magnéticas ideais, chamadas massas magnéticas puntiformes. Massa magnética puntiforme é aquela contida em uma região polar cujas dimensões possam ser desprezadas relativamente ao problema em que está sendo considerada; em outras palavras, a região polar fica reduzida a um ponto.








Critérios de igualdade e multiplicidade


Suponhamos que desejamos comparar a massa magnética da região polar N do ímã 1 com a massa magnética da região polar N do ímã 2. Para isso usamos um terceiro ímã, o ímã 3 (fig. 226), e avaliamos a força que os polos norte de 1 e 2 exercem sobre o polo sul, por exemplo, do ímã 3. Quando o ímã 3 é colocado próximo do ímã 1, não vai haver ação só da região N de 1 sobre a região S de 3, mas sim, das duas regiões de 1 sobre as duas regiões de 3. Como nos interessa saber só a ação de N de 1 sobre S de 3, imaginamos os dois ímãs suficientemente compridos para que possamos desprezar os efeitos das regiões polares que não nos interessam, que são a S de 1 e N de 3.
A região N de 1, colocada à distância d da região S de 3, em certo ambiente dá origem à força . A região N de 2, colocada à mesma distância d da região S de 3, no mesmo ambiente, dá origem à força . Relativamente aos módulos de e há dois casos:
1o caso:
2o caso:
Convencionamos que, no 1o caso, a massa magnética da região N de 1 é igual à massa magnética da região N de 2. E que, no 2o caso, a massa magnética da região N de 2 é igual a n vezes a massa magnética da região N de 1. Representando por e respectivamente, essas massas magnéticas, temos:
no 1o caso:
no 2o caso:
Escolhendo arbitrariamente a massa como unidade, e adotando esse critério, podemos medir a massa magnética . No primeiro caso, teríamos ; no segundo caso, .

Notas


1a) É importante notar que os critérios de igualdade e multiplicidade consistem em se medirem as massas magnéticas por números proporcionais às forças que essas massas magnéticas conseguem exercer. Pois, sendo ao mesmo tempo que , temos:
2a) A região N de 1 exerce sobre a região S de 3 uma força de atração, à distância d. Se colocarmos à mesma distância d a região S de 1 e a região S de 3, observaremos entre elas uma força de repulsão de mesmo módulo que . E, se as regiões polares N e S de um mesmo ímã nas mesmas condições exercem forças iguais, concluímos que elas tem igual massa magnética. Mas como uma exerce força de atração quando a outra exerce força de repulsão, convencionamos considerar positiva a massa magnética da região N e negativa a da região S. Para um mesmo ímã, temos, então:

Leis de atração e repulsão entre massas magnéticas puntiformes

 
Suponhamos duas massas magnéticas puntiformes, e , separadas pela distância d. As forças e que atuam nelas obedecem a duas leis, análogas àquelas leis relativas a cargas elétricas puntiformes (veja o tópico "Leis de Atração e Repulsão" ).


1ª - Lei

 
“A intensidade da força de atração ou repulsão entre duas massas magnéticas puntiformes é proporcional ao produto das massas magnéticas.”
Esta lei é uma consequência do critério adotado para comparar duas massas magnéticas. Repita aqui o raciocínio feito no tópico "Leis de Atração e Repulsão".
 

2ª - Lei de Coulumb

 
“A intensidade da força de atração ou repulsão entre duas massas magnéticas puntiformes é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas.”
 
Esta lei é demonstrada experimentalmente.

Fórmula de Coulomb


As duas leis podem ser expressas por uma fórmula única. Pela primeira lei, é proporcional ao produto . Pela segunda lei, é inversamente proporcional a , isto é, diretamente proporcional a . Logo, é proporcional ao produto .
Significa que:
(constante)
ou
A constante depende das unidades escolhidas e do meio em que estão colocadas as massas magnéticas. É chamada permeabilidade magnética do meio. A força entre cargas elétricas é inversamente proporcional à constante dielétrica; e a força entre massas magnéticas é inversamente proporcional à permeabilidade magnética.
Levando em consideração os sinais de e , a fórmula de Coulomb passa a ser escrita, como no caso da Eletrostática:

Pólo de um ímã


 
Já vimos que um ímã só possui propriedades magnéticas em certas regiões, que chamamos regiões polares norte e sul, que elas possuem massas magnéticas de iguais valores absolutos. Essas regiões polares de um ímã não são pontos, mas são superfícies. As leis que estudamos relativas à atração e repulsão, e a fórmula de Coulomb, só valem para massas magnéticas puntiformes. Entretanto, no caso de um ímã cujas massas magnéticas não são puntiformes também podemos aplicar essas leis, pelo seguinte motivo: a massa magnética norte está distribuída pela região polar norte. Mas, nessa região existe um ponto N tal que, se a massa magnética estivesse concentrada nele, exerceria o mesmo efeito que exerce quando está distribuída. Esse ponto N é chamado polo norte. Do mesmo modo, polo sul é um ponto da região polar sul tal que, se toda a massa magnética sul estivesse concentrada nele, exerceria o mesmo efeito que quando está distribuída.
Desse modo, trabalhando com polos, podemos aplicar a fórmula de Coulomb e todas as consequências que resultarão dela. Por isso, daqui por diante nos referiremos aos polos e não mais às regiões polares.
 

Definição

 
Chama-se comprimento de um ímã à distância entre seus polos; representaremos por









 


Inseparabilidade dos pólos

 
Os polos de um ímã são inseparáveis. Se cortamos um ímã, os polos norte e sul não ficam isolados. Na parte correspondente ao polo norte aparece um novo polo sul; e na parte correspondente ao polo sul primitivo aparece um novo polo norte. Na natureza não existe um único polo magnético norte ou sul isolado: eles sempre existem aos pares, formando um ímã. Mas, muitas vezes temos necessidade de estudar a influência de um único polo magnético, norte ou sul. Nesse caso, supomos um ímã muito comprido, de tal modo que possamos desprezar a influência do polo norte sobre o polo sul, e reciprocamente.





Sistemas de unidades em magnetismo e eletromagnetismo

 
 
Vimos, no tópico "Unidades de Carga Elétrica" , que o sistema MKS contém unidades em toda a Eletricidade, isto é, em Eletrostática, Eletrodinâmica, Magnetismo e Eletromagnetismo. E que o sistema CGSES contém unidades só em Eletrostática e Eletrodinâmica.
Além do CGSES, existe um outro sistema de unidades elétricas derivado do CGS mecânico: é chamado CGS eletromagnético (abreviadamente, CGSEM). Este sistema se inicia em Magnetismo, e é por isso que somente agora vamos estudá-lo. Embora se chame CGS eletromagnético, ele possui unidades também em Eletrostática e Eletrodinâmica, mas nessas partes suas unidades não são usadas.

Sistema CGSEM - a. Unidades fundamentais

 
Recorde o tópico "Unidades de Carga Elétrica". Já dissemos que não é possível construir-se um sistema de unidades elétricas partindo-se exclusivamente das três unidades fundamentais da Mecânica, mas, é necessário adotar-se uma quarta unidade fundamental, tipicamente elétrica. Esta quarta unidade do sistema CGSEM é a de permeabilidade magnética.
O sistema CGSEM adota arbitrariamente o valor 1 para a permeabilidade magnética do vácuo. A unidade de permeabilidade magnética deste sistema se indica por , ou ; também é chamada gauss/oersted, por razões que veremos mais tarde. (Tópico "Indução Magnética ou Densidade de Fluxo Magnético")
As unidades fundamentais do sistema CGSEM são, portanto:
1) unidade de comprimento – centímetro
2) unidade de massa – grama
3) unidade de tempo – segundo
4) unidade de permeabilidade magnética – gauss/oersted, ou .
 

Sistema CGSEM - b. Unidade de massa magnética

 
É deduzida a partir da fórmula de Coulomb:
Considerando-se:
Resulta: e
Portanto: a unidade de massa magnética do sistema CGSEM é a massa magnética puntiforme, que, colocada no vácuo a um centímetro de outra massa magnética puntiforme igual, exerce sobre ela a repulsão de um dine.
Nota: A permeabilidade magnética do ar é muito próxima da do vácuo. Na prática a consideramos também igual a 1 gauss/oersted.
 

Sistema MKS - a. Unidades fundamentais

 
Já vimos que as unidades fundamentais deste sistema são: o metro, o quilograma, o segundo e o ampère. Agora que já sabemos o que é permeabilidade magnética, podemos nos deter mais na definição do ampère, já dada no tópico "A Formação do Sistema MKS em Eletricidade". No estudaremos o seguinte fenômeno: quando dois condutores, com corrente, são colocados próximos, cada um deles exerce força sobre o outro. Veremos que se os condutores são retilíneos e paralelos, as forças que atuam nos dois tem igual módulo que vale:
onde: e são as intensidades das correntes; é o comprimento dos condutores; a é a distância entre os condutores; é a permeabilidade magnética do meio.






Vimos que o ampère é definido do seguinte modo: ampère é a intensidade de uma corrente invariável que, passando em dois condutores paralelos e de comprimento infinito e distantes entre si de um metro, no vácuo, faz aparecer em cada condutor a força de newtons por cada metro de condutor.
 

Sistema MKS - b. Unidade de permeabilidade magnética

 
É deduzida a partir da fórmula . Tiramos:
Se fizermos:
Resulta:
ou
que é a unidade de permeabilidade deste sistema.
 

Sistema MKS - c. Permeabilidade magnética do vácuo

 
É calculada pela fórmula , bastando para isso colocar nessa fórmula os valores das grandezas que entram na definição de ampère. Isto é, se considerarmos:
então o será o do vácuo. Representaremos por a permeabilidade do vácuo. Então:
ou
Nota: A permeabilidade magnética do ar é muito próxima da permeabilidade do vácuo. Na prática as consideramos iguais.
 

Sistema MKS - d. Unidade de massa magnética

 
É deduzida a partir da fórmula de Coulomb, considerando-se:
Resulta:
A unidade de massa magnética do sistema MKS é a massa magnética puntiforme que, colocada no vácuo a um metro de outra massa magnética puntiforme igual exerce a repulsão de . É chamada , e por razões que veremos mais adiante também é chamada weber (tópico "Fluxo Magnético num Campo Uniforme" ).

Momento magnético de um imã

 
Consideremos um vetor cujo módulo seja o comprimento de ímã , cuja direção seja a direção norte-sul do ímã, e cujo sentido seja do polo sul para o polo norte. Representaremos esse vetor por . Chama-se momento magnético do ímã ao produto do vetor pelo valor absoluto da massa magnética de um dos polos. Pela própria definição vemos que é uma grandeza vetorial. Representando por o momento magnético e por o valor absoluto da massa magnética de um dos polos, temos:


O módulo do momento magnético é:
.
 

Unidades - 1. Sistema CGSEM

 
A unidade de é obtida considerando-se:
e
Resulta:
A unidade CGSEM de é o momento magnético de um ímã de um centímetro de comprimento que tenha em cada polo uma . É também chamada , como veremos no § seguinte.
 

Unidades - 2. Sistema MKS

 
É necessário considerar-se:
Resulta:
.
é o momento magnético de um ímã de um metro de comprimento que tenha em cada polo a massa magnética de um weber.
 

Imantação ou intensidade de imantação ou intensidade de magnetização


Chama-se imantação, ou intensidade de imantação ou intensidade de magnetização do ímã à grandeza vetorial obtida pelo quociente do momento magnético pelo volume do ímã. Representaremos por .
é então uma grandeza vetorial que tem o sentido do polo sul para o norte.
O módulo da imantação é:

Unidades - 1. Sistema CGSEM


A unidade é obtida considerando-se:
e
Resulta:
Um gauss é a intensidade de imantação de um ímã cujo volume é e cujo momento magnético é .
Pelo fato de a unidade de imantação se chamar gauss é que a unidade de momento magnético também se pode chamar , pois, .

Unidades - 2. Sistema MKS


A unidade de é obtida considerando-se:
e
Resulta:
é a imantação de um ímã que tem momento magnético de por metro cúbico.

Densidade magnética


Chama-se densidade magnética de uma região polar ao quociente da massa magnética, pela área da região. Sendo m a massa magnética, S a área da região polar, a densidade magnética será:
A densidade magnética tem o sinal da massa magnética: é positiva quando se trata de polo norte, negativa, quando de polo sul.
Facilmente se conclui que a intensidade de imantação é grandeza física da mesma espécie que a densidade magnética. Temos:
Por serem grandezas da mesma espécie, e tem as mesmas unidades, isto é, gauss no CGSEM, e no MKS.

Relacão entre |I| e |σ| em um imã de forma de prismo reto

A forma mais simples de um ímã é a de um prisma reto. Nesse ímã as regiões polares são as bases do prisma. Sendo s a área da base, o comprimento do ímã (que se confunde com a altura do prisma), temos:
Isto é,
Chegamos a uma conclusão importante: o módulo da imantação é igual ao valor absoluto da densidade magnética dos polos.

Resumo das unidades estudadas até o momento:

 
Grandeza
Símbolo
Unidade CGSEM
Unidade MKS
Permeabilidade magnética
Massa magnética
m
Weber
Momento magnético
Intensidade de imantação
gauss
Densidade magnética
gauss
Permeabilidade magnética do vácuo:
Sistema CGSEM:
Sistema MKS:
Esses valores também podem ser usados como a permeabilidade do ar.